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Mestre Yoga


Batizado - Grupo de Capoeira Nova Força 18.04.09 - Monitor Segredo

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Mestre Yoga no treino de 29.03.09

Mestre Yoga no treino de 29.03.09

Roda UFPE

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O toque que dá o ritmo e manda o recado


Antigamente não havia música de fundo na capoeira. No máximo, quem estava por perto marcava o ritmo com um tambor, Em seu fabuloso levantamento publicado em 1834, Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, Jean Baptiste Debret deixou claro que os tocadores de berimbau tinham a intenção de chamar a atenção dos fregueses para o comércio dos ambulantes. Um certo Henry Koster (inglês que se erradicou em Pernambuco, virou senhor de engenho e passou a ser chamado de Henrique Costa) escreveu em suas anotações de 1816 que, de vez em quando, os escravos pediam licença para dançar em frente à senzala e se divertiam ao som de objetos rudes. Um deles era o atabaque. Outro, “um grande arco com uma corda, tendo uma meia quenga de coco no meio ou uma pequena cabaça, amarrada”. Era um instrumento de percussão trazido da África. A palavra vem do quimbundo, “mbirimbau”.
O que conhecemos hoje é o chamado berimbau-de-barriga porque o músico leva e traz a boca da cabaça até o próprio corpo para alterar o som. Segundo o folclorista Édison Carneiro, foi neste século, e na Bahia, que o instrumento se incorporou ao jogo da capoeira, para marcar o ritmo dos praticantes. O que define um jogo rápido ou lento é o roque, um padrão rítmico-melódico tocado e cantado. Segundo o etnógrafo Waldeloir Rego, existem 25 tipos de toque. Entre os mais tradicionais, de autoria desconhecida, estão Angola (bem lento, para os capoeiras que gingam pertinho do chão), São Bento Pequeno (ou Angola invertida, para os golpes em que os oponentes chegam muito perto um do outro), São Bento Grande (para os jogos mais ágeis), Cavalaria (usado nos tempos da proibição do jogo par avisar a chegada da polícia), Amazonas (que saúda um mestre visitante), e a Benguela (o mais lento da capoeira regional, usado para acalmar os ânimos dos combatentes). O Iúna é um exemplo de toque instrumental, criado por Mestre Bimba para o jogo de capoeiras experientes. A maioria tem letra e muitas vezes quem está cantando aproveita para comentar o jogo, improvisando versos que pedem para baixar a agressividade ou que zombam do capoeirista que não é tão bom quanto dizia.

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